O que você esta pensando agora? O que você defende e acha certo? Isso é seu baseado em analise de livros que leu sobre o assunto? É opinião baseada em fatos reais?
Já parou e pensou quanto do que você pensa realmente é seu ou se foi plantado em você de alguma maneira?
Na natureza existe uma ave que usa esse conceito para se dar bem. Ela se chama em muitas regiões de Chupim. Tem seus hábitos reprodutivos parasitários, pois nunca cuida de seus próprios ovos, sempre os botando nos ninhos de outras aves para que elas criem seus filhotes. Nada menos do que 62 espécies já foram listadas como hospedeiras, desde aves maiores até menores do que o chupim.
Joseph P. Overton, que criou um modelo para demonstrar como um pequenos grupos de pensadores podem mudar intencional e gradualmente a opinião pública.
Ele dizia que a janela é um espaço aceitável pela sociedade no momento atual em assuntos diversos mas que essa janela pode ser movimentada para que se consiga o que se quer em tempos mais curtos.
Nesse caso entram as discussões sobre temas muitas vezes indigestos e que as pessoas evitam falar ou comentar. Eventualmente você vai ouvir sobre assuntos e alguns defendendo e outros atacando.
O intuito disso é você mudar sua opinião a respeito do tema sem que você se mostre resistente. Vão te alimentando com pequenas porções e com o tempo aquilo já não parece tão ruim e passa a ser aceitável. Com o tempo o que era errado a seu ver passa a ser o certo.
Quer um exemplo? Você acha a pedofilia aceitável? Não? Sim? talvez? Não quer nem ouvir falar disso? Você pode não querer mais existem pessoas que estão movimentando essa janela e muito rápido.
Veja as postagens abaixo sobre o tema:
Se você esta pensando agora em tudo isso que foi exposto, se questione sinceramente se as ideias que você defende são suas ou são ovos de Chupim. Pode ser que algum passarinho colocou ovinhos na sua mente e você nem se deu conta. Vai criar a ideia de outro e defender como se sua fosse.
Claro que nossa forma de pesar é baseada em eventos passados e em tudo que a humanidade já fez. Se você conhece isso tem mais probabilidade de não deixar um Chupim pousar em seu ninho e irá identificar com mais certeza o que é seu do que é do outro.
Pisque o olho e você poderá ser manipulado para o bem ou para o mal.
O linguista e sociólogo Noam Chomsky, professor emérito do Massachusetts Institute of Technology (em Boston) e tido pelo New York Times como “o maior intelectual vivo”, catalogou as dez técnicas de mistificação e manipulação promovidas pela grande mídia. Trata-se de um decálogo extremamente útil, especialmente para aqueles que bravamente desafiam a inexpugnável ignorância diária. Vejamos:
1. A estratégia da distração. É fundamental, para o grande lobby dos poderes, manter a atenção do público concentrada em temas de pouca relevância (programas banais de TV, por exemplo), fazendo com que o cidadão comum se interesse apenas por fatos insignificantes. A exagerada concentração em fatos da crônica policial, dramatizada e manipulada, faz parte desse jogo.
2. Princípio do “problema-solução do problema”. A partir de dados incompletos, incorretos ou manipulados, inventa-se um grande problema para causar certa reação no público, com o propósito de que seja este o mandante – ou solicitante – das medidas que se quer adotar (é preciso dar voz ao povo). Um exemplo: deixa-se a população totalmente ansiosa com a notícia da existência de uma epidemia mortal (febre aviária, por exemplo), criando um injustificado alarmismo com o objetivo de vender remédios que de outra forma seriam inutilizados.
3. A estratégia da gradualidade. Para fazer o povo aceitar uma medida inaceitável, basta aplicá-la e noticiá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos – ou meses, ou dias – seguidos. É dessa maneira que se introduzem novas e duras condições socioeconômicas, em prejuízo da população. Tudo é feito e contado gradualmente, porque muitas mudanças juntas podem provocar uma revolução.
4. A estratégia do diferimento (adiamento). Um outro modo de fazer aceitar uma decisão impopular consiste em apresentá-la como “dolorosa e necessária”, alcançando-se momentaneamente sua aceitação, para uma aplicação futura (“piano piano si va lontano”, o equivale mais ou menos ao nosso “devagar se vai ao longe”).
5. Comunicar-se com o público como se falasse a uma criança. Quanto mais se pretende enganar o público, mais se tende a usar um tom infantil. Diversos programas ou conteúdos possuem essa conotação infantilizada. Por quê? Se nos comunicarmos com as pessoas como se elas tivessem 11 anos de idade, elas tendem a responder provavelmente sem nenhum senso crítico, como se tivessem mesmo 11 anos de idade (as crianças não conseguem fazer juízos abstratos).
6. Explorar a emotividade muito mais que estimular a reflexão. A emoção, com efeito, coloca de escanteio a parte racional do indivíduo, tornando-o facilmente influenciável, sugestionável. Essa é a grande técnica empregada pelo populismo demagogo punitivo.
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade. Poucos conhecem, ainda que superficialmente, os resultados já validados das ciências (criminais, médicas, tecnológicas etc.). A manipulação fica facilitada quando o povo é mantido na ignorância; isso significa dizer não à escola de qualidade para todos.
8. Impor modelos de comportamento. Controlar indivíduos enquadrados e medíocres é muito mais fácil que gerir indivíduos pensantes. Os modelos impostos pela publicidade são funcionais para esse projeto.
9. A autoculpabilização. Todo discurso (midiática e religiosamente) é feito para fazer o indivíduo acreditar que ele mesmo é a única causa do seu próprio insucesso e da própria desgraça. Que o problema é individual e não tem nada a ver com o social. Dessa forma, ao contrário de se suscitar uma rebelião contra o sistema socioeconômico que marginaliza a maioria, o indivíduo se subestima, se desvaloriza, se torna depressivo e até se autoflagela (assim é a vida no “vale das lágrimas”). A culpa pelo desemprego, pelo não encontro de novo emprego, pelo baixo salário (neoescravizador), pelas condições deploráveis de trabalho, pelo insucesso escolar, pela precarização das relações trabalhistas, pela diminuição do salário-desemprego, pela redução das aposentadorias, pela mediocridade cultural, pela ausência de competitividade no mercado etc. é dele, exclusivamente dele, não do sistema.
10. Os meios de comunicação sabem mais de você que você mesmo. Eles conhecem nossas preferências, fazem sondagens e pesquisas, diagramam nossas inclinações políticas e ideológicas e, mais que isso, sabem como ninguém explorar nossas emoções (sobretudo as mais primitivas). Não se estimula quase nunca a reflexão. O sistema manipula e exerce um grande poder sobre o público, muito maior que aquele que o cidadão exerce sobre ele mesmo.
Fonte dos dados acima: www.pragmatismopolitico.com.br