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"Cada passo que dermos será em um campo minado de cem guerras diferentes."

O país vive em estado de guerra contínua desde dezembro de 1979, iniciada com a invasão soviética para apoiar o governo comunista de Nur Mohammad Taraki, que chegara ao poder através de um golpe de Estado.

Desde então, não voltou a haver um dia de paz. No Afeganistão, não há uma guerra – tem havido e continuam a haver várias.

Ver o filme 12 herois e saber que conheci o cara que participou disso me enche de orgulho.

O filme 12 herois em português ou 12 Strong em título original, retrata uma historia real.

Sinopse:

Chris Hemsworth (“Thor”) e indicado ao Oscar Michael Shannon (“Animais Noturnos”, “A Forma da Água”) estrelam “12 Strong”, um novo e poderoso drama de guerra da Alcon Entertainment, Black Label Media e Jerry Bruckheimer Films que conta a história verdadeira desclassificada dos primeiros soldados americanos enviados ao Afeganistão após o 11 de setembro.

“12 Herois” é definido nos dias angustiantes após o 11 de setembro, quando uma unidade de elite das Forças Especiais dos EUA, liderada por seu Capitão, Mitch Nelson (Hemsworth), foi escolhida para ser os primeiros soldados americanos enviados ao Afeganistão para uma missão extremamente perigosa, resposta aos ataques. Deixando suas famílias para trás, o time é jogado na remota e acidentada paisagem do norte do Afeganistão, onde eles devem convencer o General Rashid Dostum (Navid Negahban) a unir forças para combater seu adversário comum: os Talebans e seus aliados da Al Qaeda.

Além de superar a desconfiança mútua e uma vasta divisão cultural, os americanos – acostumados à guerra de ponta – devem adotar as táticas rudimentares dos soldados a cavalo afegãos. 

Apesar de formarem um vínculo desconfortável e um respeito crescente, os novos aliados enfrentam desvantagens esmagadoras: superados em número e superados por um inimigo impiedoso que não faz prisioneiros.

Fonte: 12strongmovie.com

Em resposta aos ataques de 11 de setembro de 2001, a unidade de elite das Forças Especiais dos EUA, Operational Detachment-Alpha 595 (ODA 595), foi uma das três equipes de soldados das Forças Especiais enviadas ao Afeganistão. No início, sua missão era de recuperação de pessoal, encarregada de resgatar todos os pilotos abatidos durante a guerra aérea no Afeganistão. No entanto, a missão rapidamente mudou e se transformou em convencer os líderes étnicos (alguns eram mais parecidos com os senhores da guerra) a unir forças com eles para combater seu inimigo comum: os aliados Taleban e Al Qaeda.

A CIA forneceu informações sobre quais líderes étnicos trabalhar, incluindo o general afegão Rashid Dostum. Uma vez que o ODA 595 se ligou a Dostum, eles deveriam “tornar a área insegura para a atividade terrorista e do Taleban”, diz o Boi Verde Mark Nutsch, interpretado por Chris Hemsworth no filme.

ODA 595 era uma equipe experiente e madura de Boinas Verdes que havia trabalhado recentemente com forças de operações especiais no Uzbequistão, vizinho do norte do Afeganistão. 

A equipe trabalhava junto há dois anos e a idade média era de 32 anos. Cada membro tinha uma média de oito anos de experiência e a maioria tinha experiência de combate na Tempestade no Deserto, no Kosovo ou na Somália. 

Quanto ao líder da equipe, Mark Nutsch, o equivalente real do personagem principal do filme interpretado por Chris Hemsworth, ele não tinha experiência real de combate antes da missão. Sua falta de experiência de combate é apontada no filme. No entanto, ele havia sido implantado no Oriente Médio e em todo o mundo.

Sem Paz Duradoura

Quando estive em uma feira no EUA e encontrei um dos soldados que estiveram nesse episódio, o que me correu foi um misto de orgulho e aquele frio na espinha. O lema “De oppresso liber” nunca fez tanto sentido. 

Falar até papagaio fala, mas sair com 12 caras e se embrenhar em um deserto cheio de outros caras e em maior número e sem nem poder confiar nos caras que supostamente são seus aliados, é muita vontade de libertar os oprimidos, ou de dar uma resposta altura de quem jogou aviões em sua casa.

Joe Jung, um Sargento do grupo que esteve naquele inferno e voltou com todos os seus companheiros estava lá, em pé e diante dos meus olhos atônitos. Para quem é do meio militar, encontrar caras que foram protagonistas de grandes feitos, é como encontrar seus maiores ídolos. 

Ele estendeu a mão e abriu um sorriso de quem cumprimenta uma criança na Disneyland e eu apertei a mão de um herói. 

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Os boinas verdes são considerados profissionais calados, ou seja, não falam muito sobre suas missões, mas esta em particular, teve grande repercussão e ganhou uma estátua de 4,5 metros em bronze feita pelo artista Douwe Blumberg de uma soldado moderno sobre um cavalo e foi colocada como monumento ao 11 de setembro.

Um pedaço de aço do World Trade Center está embutido em sua base, que ostenta as palavras “Monumento de Resposta da América”.

As pessoas ainda caminham pela estátua de bronze de um Boina Verde a cavalo, com vista para o Marco Zero, e não têm consciência de seu significado.

Ver o filme agora com toda a sua licença poética nos dá uma pequena perspectiva do que realmente aconteceu naqueles dias, mas já é suficiente para saber que existem gente altruísta nesse mundo que confia em seus companheiros e se joga em uma missão com probabilidade zero de voltar vivo.

Tem gente que não ajuda nem a trocar o pneu de um desconhecido, quanto mais colocar sua própria vida em risco em um local desconhecido e se aliando a um general que nem se sabia se era amigo. na verdade amigo de momento o que te deixaria com insonia não é mesmo? Como dormir em um lugar repleto de inimigos? 

veja um documentário sobre a criação da estatua: