Essa era a pergunta que o professor Rainer Wegner, personagem do filme A Onda, e baseado em um professor americano chamado Ron Jones, que lecionava nos anos 60 em uma escola da Califórnia, tentou responder nesse experimento.

Sinopse:

Um professor com simpatia pelo anarquismo é obrigado a assumir um curso de uma semana sobre autocracia, para alunos do Ensino Médio. Ao perguntar se um regime totalitário poderia existir  na Alemanha novamente, percebe o descrédito dos alunos. Resolve, então, realizar um exercício pedagógico para explicar, na prática, como se dá a manipulação ideológica de um conjunto de jovens que sente necessidade de uma liderança forte. O professor Rainer Wenger propõe o exercício de um movimento “unificador” e cria – com a participação entusiasmada dos alunos – símbolos, uniforme, saudações e, com muita sutileza, preconceitos em relação aos que não se sentem à vontade para aderir ao movimento.

Um ótimo filme para você entender o papel importante de um professor na vida das pessoas e como ele pode influenciar par ao mal como estava acontecendo no Brasil. Isso claro, pode acontecer com qualquer tipo de extremismo e deve ser combatido de todas as formas.

Durante a sua aula de história, Jones decidiu explicar o fascismo fazendo um grande jogo. Tudo aconteceu como no filme: o professor instruiu para que os alunos se vestissem da mesma maneira, que tivessem um comportamento agressivo diante dos que eram contrários a sua turma e o terem como seu líder.

No entanto, o professor ficou horrorizado com o poder crescente da Onda que criou, interrompendo a experiência antes que o caos acontecesse. Esta é a única parte que difere do longa, em que o caos tomou forma, com o professor fictício sendo preso no final.

Mesmo interrompendo o experimento, Jones virou assunto para um debate nacional, com pessoas condenando a atitude e método de ensino do professor. Este é um assunto que o assombra até hoje:

“Eu não estou orgulhoso da Onda que criei, mas não posso fugir dela! É como se fosse uma vocação, que cada vez fica mais forte. Para mim, “a Onda” é uma história de fantasmas, o que podemos nos tornar. O fascínio entre bem e o mal, escolhas … “

Eventualmente, Jones escreveu um conto sobre sua experiência chamado “The Third Wave”, que nos anos 80 virou um filme para a TV e finalmente em 2008, virou o aclamado longa alemão.

“Creio que autocracia seja quando um indivíduo ou um grupo dominam sobre uma massa.”

ESCOLA COM PENSADORES E NÃO DOUTRINADOS

Que as escolas brasileiras se transformaram, umas mais, outras menos, em centros de doutrinação política e ideológica a serviço dos partidos e organizações de esquerda, disso já não resta a menor sombra de dúvida. Não bastasse a enorme quantidade de provas disponíveis a quem queira conhecê-las – e o site www.escolasempartido.org reúne uma amostra bastante razoável –, há a experiência direta de todos os que passaram pelo sistema de ensino nos últimos 40 anos, de modo que a instrumentalização do ensino para fins político-ideológicos e partidários adquiriu o status daquilo que tecnicamente se denomina, em direito processual, “fato notório”.

O professor de história Ron Jones tinha apenas 25 anos quando tudo aconteceu. Era jovem, bonito, carismático, surfista, inovador.

Em suma, um líder nato. Aquele, era o seu primeiro ano completo como professor.

Tudo aconteceu muito rápido, como é típico na vida dos jovens. Para se ter ideia; os acontecimentos de “A Onda”, deram-se apenas entre 5 ou 8 dias escolares. Pouco mais de uma semana entre o fim de março e o começo de abril de 1967. O cenário era a Elwood P. Cubberly Senior High School, em Palo Alto, Califórnia, EUA. A escola foi fechada em 1979. A classe do professor Jones era chamada “Contemporary world” (Mundo contemporâneo), era o curso de história como parte do Departamento de Estudos Sociais. A famosa \’A Onda” ocorreu durante os estudos das condições do mundo da época, e dos eventos que levariam à II Guerra Mundial.

Jones era uma figura enérgica. Queria que seus alunos enxergassem as diferentes perspectivas de um mesmo assunto e aprendessem a pensar por si próprios. Seus alunos, por sua vez, também eram muito jovens. Todos adolescentes em torno dos 15 anos de idade. Ao contrário do que foi propagado como verdade por décadas, a Terceira Onda não começou com uma única classe de 30 estudantes. Na verdade, o movimento foi bem maior; houve – literalmente – \’três terceiras ondas\’, porque o professor Jones dava aulas em três turmas ao mesmo tempo. Sendo assim, o movimento inicialmente contava com cerca de 90 estudantes que, no desenrolar da trama, quase triplicaram. Ao final, havia aproximadamente 200 alunos, ou mais, envolvidos na Terceira Onda.

De fato, no começo, ninguém poderia imaginar a proporção que aquilo tomaria no futuro. No início, a Terceira Onda foi encarada como uma brincadeira, mas as notas dos alunos dependiam da participação na atividade. O professor Jones era o líder ideal para aquele tipo de atividade – incentivador e carismático, era o professor mais popular da escola. Os alunos confiavam nele, não era a primeira vez que participavam de um experimento. A metodologia de Cubberly incentivava os alunos àquela espécie de atividade. Lá, a experimentação e criatividade eram muito valorizadas. Cubberly era cotada como uma das melhores escolas secundárias do país. O movimento hippie e a contracultura ainda eram uma novidade bem distante; então, os alunos eram em sua maioria bem comportados e estudiosos.


Fonte de pesquisa:

obviousmag.org, curiosidades do cinema, Departamento de Comunicação e artes PUC

veja o trailer do filme abaixo.