Às 11h30 da manha. Seis homens armados entram pelo portão principal da embaixada do Irã, após destruírem a tiros os vidros exteriores. Eles estam armados com três pistolas Browning, um revolver .38 Astra, cinco granadas de mão russas e duas sub-metralhadoras Skorpion W263. Este grupo era patrocinado secretamente pelo governo iraquiano de Saddan Hussein e entraram na Inglaterra com passaportes estudantis iraquianos.
Os aterrorizados ocupantes do prédio de cinco andares são rapidamente dominados. Eles fazem dezesseis funcionários iranianos (dos quais seis mulheres), oito visitantes, dois funcionários da BBC (British Broadcasting Corporation, emissora oficial de rádio britânica), Chris Cramer (repórter) e Sim Harris (operador de som) que estavam buscando vistos para o Irã, o motorista da embaixada, Ron Morris e o agente de polícia Trevor Lock, do Grupo de Proteção Diplomática da Scotland Yard, que recentemente tinha assumido o seu turno.
Antes de ser aprisionado, Lock conseguiu enviar uma mensagem de emergência a Scotland Yard, e em poucos minutos ouviram-se as sirenas das viaturas policiais. O que os terroristas não sabiam é que Lock tinha escondido um revolver debaixo de sua jaqueta.
Os seis terroristas iranianos alegaram pertencer a uma minoria da população árabe no sul do país. Eles se autodenominavam Frente Revolucionária Democrática pelo Arabistão – seu nome dado à província iraniana do Khuzistão, rica em petróleo.
Eles protestavam contra a opressão do aiatolá Khomeini, que assumira o poder no Irã no ano anterior.
A primeira pessoa que os terroristas encontraram pela frente foi o policial Lock, que estava no lobby.
Ele ficava entre as portas principais e um par de portas de segurança. Um dos terroristas agarrou-o, mas Lock conseguiu chutar a porta e fechar. Um outro terrorista disparou com a sua Browning no painel de vidro e forçaram a sua passagem. Outro terrorista disparou uma rajada de sua Skorpion no teto. Só um punhado de pessoas conseguiu escapar. Dois saíram por uma janela dos fundos, outro saiu por uma janela no térreo.
Não existem regras fixas numa crise que envolve a libertação de reféns. Em cada caso, é preciso levar em conta uma série de fatores. Quem são os terroristas? O que pretendem? Se as exigências não forem atendidas, serão capazes de matar os prisioneiros a sangue frio?
Mas estava bem viva, na memória o massacre de Munique, em 1972. E So Ingleses sabiam não queriam uma Nova Munique.
Naquela ocasião, a polícia alemã atacou terroristas palestinos na pista de um aeroporto e todos os reféns – nove atletas israelenses – foram liquidados por seus captores.
Várias unidades especializadas foram imediatamente acionadas e apresentaram-se em Princes Gate: os atiradores de elite daD11 da Polícia Metropolitana, conhecidos como “boinas azuis”; o C13, esquadrão antiterrorista; o Grupo de Patrulha Especial; e os membros da C7, a seção de apoio técnico da Scotland Yard. Estes últimos encarregaram-se do sofisticado equipamento de monitoração que iria registrar tudo o que ocorresse no interior da embaixada.
No meio da tarde, chegaram ao local alguns integrantes do SAS, em trajes civis, para um primeiro reconhecimento do futuro palco de operações.
O SAS foi alertado da situação por PC Gray, um antigo membro do 22 SAS Regimento , agora na reserva, que trabalhava com cães da polícia.
A Equipe Vermelha do CRW, que neste período estava composta pelo pessoal do Esquadrão B, foi acionada às 11h48, ou seja apenas 18 minutos depois da embaixada ter sido tomada. Naquele momento eles estavam justamente treinando combate aproximado em ambientes fechados.
Os homens pegaram os seus kits e se dirigiram de sua base para Londres em Land Rovers. Os kits do SAS eram compostos de coletes a prova de bala Bristol, submetralhadoras Heckler & Koch MP5, pistolas de 9 mm Browning High Power, botas leves de patrulha, máscaras contra gás S6 e um traje NBC.
As 14h35 a polícia recebeu pelo telefone as exigências dos terroristas.
As exigências dos terroristas incluíam a libertação de 91 árabes presos no Irã, o imediato transporte dos prisioneiros para Londres e uma solicitação aos embaixadores árabes para que atuassem como mediadores junto às autoridades britânicas.
O prazo terminava às 12h00 do dia seguinte (01 de maio); se até lá esses pontos não fossem atendidos, os seqüestradores explodiriam a embaixada e executariam os reféns.
A equipe Vermelha foi deslocada para Regents Park Barracks, perto da embaixada, nas primeiras horas de 1º de maio. Lá foi construído um modelo em escala da embaixada iraniana, para que os homens se familiarizassem com cada detalhe do edifício que deveriam assaltar, caso as negociações fossem interrompidas.
O SAS começou a trabalhar em um IAP (Immediate Action Plan – Plano Imediato de Ação). O IAP era um plano tosco e pronto para ser usado caso os terroristas começassem a matar os reféns de uma hora para outra, antes que um Plano de Assalto completo e detalhado fosse montado.
O IAP era extremamente violento, nele todas as portas e janelas seriam invadidas e cada operador atacaria rápida e implacavelmente.
Normalmente um IAP se baseia em informações gerais, recolhidas de plantas do local, fotos e informações passadas pelo atiradores de elite que estão constantemente monitorando o local e de reféns libertados.
Uma hora após a chegada do SAS, o IAP já estava pronto para ser usado.
Era difícil precisar a posição dos seqüestradores e seqüestrados no labiríntico edifício, pois a polícia, naquele momento, ignorava o número deles.
Dadas às dificuldades inerentes ao caso, as autoridades tomaram, desde o início, a decisão de conduzir as negociações (através do negociador principal Max Vernon) do modo mais lento possível, embora as tivessem entabulado de imediato. Isto tinha por objetivo ter o máximo de tempo para levantar inteligência e montar uma estratégia de ação mais efetiva.
O governo iraniano disse que não libertaria nenhum prisioneiro, pois afirmava que os seis terroristas eram agentes da CIA e que os reféns iranianos considerariam uma grande honra morrer como mártires pela revolução islâmica. O líder dos terroristas sabendo da posição iraniana disse que o governo iraniano lamentaria a sua atitude. Isso deixou a todos na Grã-Bretanha em estado de alerta.
O policial Lock e Sim, da BBC, serviam de ligação com os terroristas, juntamente com o egípcio Mustapha, que servia de interprete, já que os terroristas, não falavam inglês. Os reféns estavam muito nervosos pois os terroristas estavam constantemente brincando com as suas granadas.
Às 11h20, Salim, líder dos terroristas, como demonstração humanitária, libertou Chris Cramer, repórter da BBC, que estava acometido de disenteria, contraída na Etiópia, em uma viagem recente.
E foi ai que Salim cometeu um grande erro: Cramer se constitui na melhor fonte de informação até agora para a polícia e para o SAS, pois disse quantos terroristas existiam, quais as suas armas e quantos reféns estavam dentro da embaixada, mas não podia precisar se o prédio estava com explosivos.
Antes de ser libertado, Cramer foi secretamente orientado por Lock para passar estes dados para a polícia.
Às 12:00 chegaram e nada aconteceu. O prazo expirou e as autoridades viram que os terroristas tinham blefado.
Na tarde deste dia, os terroristas abandonaram a exigência da libertação dos 91 prisioneiros com a esperança de, a partir dos esforços dos embaixadores árabes, poderem negociar sua própria saída do país. Contudo, o governo britânico manteve-se intransigente quanto a esse ponto, negando-se lhes conceder salvos-condutos.
Os boletins radiofônicos de notícias não fizeram a menor menção à exigência de mediação diplomática. Ainda naquele dia Salim libertou uma mulher grávida.
Por volta das 02h00 do dia 02 de maio, equipes de vigilância do C7 começaram a introduzir microfones e dispositivos de vigilância nas lareiras e nas paredes dos edifícios vizinhos, a fim, de determinar a posição exata dos pistoleiros, usando para isso brocas de mão.
O líder dos terroristas reclamou que estava ouvindo barulhos estranhos, mas Sim Harris disse que eram ratos. Salim disse para Sim e Trevor que se os barulhos não parassem, os terroristas começariam a matar reféns.
As autoridades se deram conta de que os ruídos podiam ser ouvidos e para encobrir o barulho da colocação desses equipamentos, organizou-se uma “cortina de barulho”, com uma equipe de britadores nos jardins de Enismore, ali perto, a pretexto da execução de reparos de urgência para conter um vazamento de gás na rua e também com o desvio do tráfego aéreo do Aeroporto de Heathrow, que passou a ser feito por cima da embaixada em vôo baixo.
Sem que os terroristas percebessem, os britânicos também quebraram um pedaço da parede entre a embaixada iraniana e a embaixada da etíope. Fazendo o menor barulho possível, as forças e segurança retiraram os tijolos até deixar apenas o revestimento exterior de gesso, para que um destacamento de assalto do SAS pudesse entrar por ali.
Às 3h30 de 2 de maio, a equipe Azul rende a equipe Vermelha. O pessoal do SAS é enviado para um Forward Holding Área – FHA, criado em Princes Gate nos números 14 e 15. Também além desses edifícios, havia acesso ao número 17. O número 14 era a Royal College of General Practitioners e o número 17 era a embaixada da Etiópia. Os homens do SAS são transportados em três furgões civis, sem nenhuma identificação.
O SAS tinha cerca de 50 homens no local e estes estavam divididos em duas equipes: Azul e Vermelha.
Diante do ataque a reação dos terroristas seria a de iniciar a matança dos reféns, matando logicamente o “motorista” primeiro, sendo assim, este deveria ser retirado primeiro por dois dos membros da equipe de assalto do SAS pela janela do motorista. Enquanto isto os demais operadores estariam dando conta dos terroristas e libertando os reféns. Este era o plano básico e o SAS ficou aguardando o desenrolar do sequestro.
Enquanto isso a polícia estava tirando fotos dos terroristas secretamente e estava colecionando impressões digitais para construir perfis dos pistoleiros.
Até um pedido foi feito para a embaixada britânica em Bagdá para descobrir ligações dos implicados com o governo iraquiano. As buscas deram certo e um 7º membro foi descoberto e parecia que ele era um agente da inteligência iraquiana.
Chegou o momento dos terroristas se renderem.
Pouco tempo depois, Faisal, o segundo em comando dos terroristas, saiu e começou a escrever slogans contra o governo iraniano na parede de fora da embaixada.
O adido de imprensa da embaixada, Abbas Lavasani, um religioso e revolucionário convicto, não gostou da atitude de Faisal. Lavasani discutiu com o terrorista e o atacou.
Mustapha tentou impedi-lo, mas não conseguiu. Depois Trevor e Mustapha conseguiram afastar Lavasani. Como Lavasani era extremamente religioso, ele começou a dizer que preferia ser martirizado e que estava pronto a morrer.
A situação ficou mais tensa e Faisal esperou ansiosamente por uma ordem para matar Lavasani.
Pouco depois Salim libertou Mustapha, que estava muito doente diante da tensão das negociações. Não lhe foi permitido se despedir dos iranianos, mas ele pode se despedir dos britânicos.
Depois de um adeus emocional, Mustapha foi libertado e Trevor e Sim começaram a perceber que eles estavam agora em grandes dificuldades sem a ajuda de Mustapha. Eles agora só podiam esperar pelo pior, já que o clima estava bem tenso dentro da embaixada.
As 13h31, ouviram-se três tiros no interior da embaixada. A polícia não podia saber, mas naquele momento Abbas Lavasani tinha sido morto.
Faisal tinha reivindicado a sua morte. Lavasani tinha sido amarrado ao fundo do corrimão e levou um tiro no tórax, e dois na cabeça. O corpo do assessor de imprensa da embaixada ficou no fundo do corredor da embaixada pelas seis horas seguintes.
Apesar de parecer evidente que alguém tinha sido morto, as autoridades não podiam acionar um assalto a embaixada, pois as ordens eram claras: o assalto só seria autorizado se dois ou mais reféns fossem mortos, pois apenas um podia ser apenas um acidentes.
O Secretário do Interior recebeu uma avaliação do situação até aquele momento feita pelo General Peter de la Billière, e este recebeu autorização para movimentar as equipes de assalto para se colocarem em estado de pronta ação. Esta ordem foi dada às 15h50. Ás 17h00, com uma hora de antecedência, as equipes de assalto se declararam prontas e em suas posições.
Às 18h20, enquanto os terroristas estavam reafirmando as suas exigências com a polícia, ouviram-se mais três tiros, e às 18h50, o cadáver de Lavasani foi empurrado pela porta e abandonado na calçada.
Era uma visão horrenda para a mídia. Os terroristas deram permissão para que o corpo fosse resgatado e após rápida autópsia, se concluiu que a morte tinha ocorrido há algumas horas.
A conclusão que se chegou era que provavelmente dois reféns já tinham sido mortos e que um assalto à embaixada já podia ser autorizado.
A policia procurou o Secretário do Interior que por sua vez entrou em contato com a primeiro-ministro Margaret Thatcher. Esta diante dos fatos deu autorização para o uso do SAS.
A ordem chegou até Dellow John, Comissário Assistente da polícia, que era o Comandante Interino durante o incidente. E este acionou o SAS.
Agora a opção de usar a força tinha sido tomada e a função dos negociadores era outra: eles deviam dar aos terroristas a falsa sensação de que suas exigências seriam atendidas, oferecendo-lhes salvos-condutos e um avião para retirá-los do país. Mas enquanto o líder terrorista discutia os detalhes do traslado em ônibus até o aeroporto de Heathrow, estava ao mesmo tempo revelando sua posição às forças de assalto do SAS, que já estavam prontas para entrar em ação.
Cerca de 50 operacionais participariam da Operação Nimrod. A força de assalto seria dividida em quatro grupos.
Dois grupos de quadro homens (dois pares) entrariam por trás do prédio, pelo telhado, e desceriam por cordas. Quatro desses homens iriam até o chão, e os outros entrariam pela sacada do primeiro andar.
Estes grupos então tentariam uma entrada dinâmica com a ajuda de explosivos ou marretas. O terceiro grupo (de quatro homens) entraria pela lateral do prédio, a partir da sacada do prédio vizinho.
E o quarto grupo (de número indeterminado de homens) entraria por um buraco na parede que ligava a embaixada iraniana à embaixada da Etiópia.
Uma vez na embaixada, os quatro grupos tentariam libertar os reféns sem que fossem feridos.
Catorze homens seriam destacados para recepção dos reféns. Dois operacionais fariam a cobertura frontal e outros dois a cobertura nos fundos. Tudo foi preparado para que o impacto da entrada, assim que percebida, fosse o maior possível.
Os doze homens se vestiriam de preto, dos pés a cabeça, incluindo máscara contra gases de borracha preta. Entrariam usando carga explosiva, granadas de atordoamento (flashbangs) e bombas de gás lacrimogêneo CS.
A combinação de explosões, barulho, fumaça, velocidade de ação e a própria aparência dos homens deveria funcionar perfeitamente.
Para isso, os homens do SAS tiveram de estudar detalhadamente a planta do prédio e gastar algumas horas decorando o rosto de cada refém. A equipe Vermelha (tropa de montanha) subiu no telhado da embaixada fora do alcance da mídia.
As cordas de rappell foram amarradas silenciosamente nas chaminés e os homens se dirigiram para as suas posições de descida, para iniciar o assalto.
Os negociadores da policia estavam mantendo Salim ocupado no telefone, resolvendo detalhes do translado de ônibus até o aeroporto. Salim falou que tinha ouvido barulhos estranhos, mas os negociadores insistiam que não havia nenhum movimento policial ao redor da embaixada. Na parte de trás da embaixada outra equipe do SAS se preparava para assaltar o prédio por trás.
As 19h23 uma carga explosiva foi detonada na clarabóia da embaixada em direção a escadaria, sinalizando que o grupo de ataque devia iniciar a invasão da embaixada (este era o horário do jantar do pessoal da imprensa).
Com os rostos cobertos por máscaras de gás, os homens do SAS penetraram no edifício a partir de quatro pontos.
O assalto inicial foi feito pela parte traseira. Descendo do telhado, com cordas, os dois primeiros homens do SAS alcançaram o terraço nos fundos do prédio, mas não puderam explodir suas cargas de explosivo plástico porque um de seus companheiros enroscou-se nas cordas logo acima deles. As cordas tinham sido compradas as pressas em Londres, e esta em especial na suportou a fricção e fez um nó.
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A corda que prendia o operador do SAS foi cortada por um operador que estava no telhado, e o operador que estava preso, depois de cair na sacada se juntou ao restante de sua equipe.
Outros dois membros do SAS atingiram o balcão do primeiro andar e viram-se forçados a abrir caminho através do vidro à prova de balas.
Durante o inicio do assalto Trevor Lock encontrava-se no vestíbulo do primeiro andar, com o comandante dos terroristas. Salim ficou agitado quando ouviu o som de uma janela sendo quebrado, um operador do SAS inadvertidamente chutou uma janela quando descia de rappell. Ele quis desligar o telefone, enquanto o negociador insistia que nada estava acontecendo.
Quando um integrante do SAS apareceu na janela, Salim levantou sua arma para disparar. Lock entrou imediatamente em ação, precipitando-se sobre o pistoleiro e lutou com ele até quem um homem do SAS apareceu e gritou “Trevor, sai fora!”. O policial rolou para o lado e o terrorista procurou mirar nele, mas imediatamente o operador do SAS esvaziou a sua MP-5 no líder terrorista, matando-o naquele momento. O policial Trevor foi condecorado com a George Cross por seu ator de bravura.
Enquanto isso, quase ao mesmo tempo em que o assalto no fundo da embaixada começava, na parte da frente do prédio e diante das câmaras da televisão britânica, outra equipe do SAS entrava por uma janela do primeiro andar, depois de acionar uma forte carga explosiva, que cobriu tudo com fumaça e poeira.
Eles entraram na embaixada atirando granadas atordoantes. Operadores do SAS em roupas civis do lado de fora da embaixada começaram a lançar gás lacrimogêneo dentro do prédio.
A explosões deram inicio a um incêndio e as chamas começaram a sair pelas janelas e da espessa fumaceira apareceu o primeiro dos reféns, Sim Harris (da BBC), sob a proteção da submetralhadora de um membro da tropa de assalto do SAS.
Um grupo penetrou através da fina camada de gesso da parede da qual haviam sido retirados os tijolos. Correndo pelo edifício em chamas, os homens do SAS dirigiram-se à sala de telex, onde, segundo informações fornecidas pelo serviço de vigilância do C7, estavam alguns dos reféns e onde se encontravam três terroristas.
Ao ouvir os disparos, o terrorista que vigiava os reféns apontou sua arma contra eles, matando um (Ali Akbar Samadzadegh) e ferindo dois. Em seguida, os três terroristas misturaram-se aos reféns espalhados pelo chão do quarto cheio de fumaça.
Em meio à confusão, um homem do SAS perguntou quais eram os terroristas; quando lhe disseram – nenhum dos terroristas falava inglês -, abriu fogo, matando dois terroristas.
Enquanto os reféns eram rapidamente evacuados do local em direção a escada abaixo, e de lá para a porta dos fundos, um terrorista solitário brandiu uma granada de fragmentação entre o grupo de reféns que está saindo. Como ele está muito próximo aos civis não dava para atirar nele.
Porém o operador do SAS mais próximo, que tinha lutado em ‘Mirbat’, o golpeou com a sua MP-5 e o terrorista caiu pela escada longe dos reféns. Dois operadores que estavam na base da escada imediatamente dispararam contra ele suas metralhadoras, o matando instantaneamente
Um dos “reféns” foi identificado positivamente (com a ajuda de Sim Harris) como um dos terroristas por um soldado de SAS que tinha achado a carteira do homem. As equipes de jornalistas estavam perto e puderam capturar este momento com suas câmeras.
O terrorista teve sorte por isto, pois provavelmente seria executado, mas diante da mídia isso seria quase uma execução pública. O terrorista conhecido como ‘Fowzi Badavi Najad’ foi condenado a prisão perpetua.
Os terroristas foram identificados como: Awn Maomé ‘ Salim’ (líder); Abdullah Radhil ‘ Faisal’ (vice-líder); Makki Hanoun ‘ Makki’; Themir Maomé Husein ‘ Abbas’; Sultão de Shakir Disse ‘ Hassan’; Fowzi Badavi Najad.
Ao término do dia, a primeiro-ministro Margaret Thatcher foi visitar e felicitar os soldados de SAS em Regents Park Barracks.
Outros membros do governo também começaram a chegar para dar os comprimentos e ficaram pasmos com o viram. Os homens do SAS não eram realmente o tipo de homens que você esperaria ver no SAS; muitos deles eram homens pequenos com cabelo vermelho e bigodes.
Algum tempo depois do assalto, foram retirados da embaixada os corpos dos cinco terroristas mortos.
Todos haviam sido mortos com um tiro no rosto ou no peito. Os homens do SAS não sofreram baixas, e deixaram o local em duas caminhonetes sem qualquer identificação.
Antes de sair um membro do SAS agarrou o certificado de seguro da embaixada que tinha expirado no dia 30 de maio de 1980.
A negociação policial tinha servido para manter os reféns com vida, mas foram os homens do SAS, com sua atuação de apenas 17 minutos, quem lhes devolveu a liberdade, numa operação levada a cabo com precisão quase cirúrgica.
Neste tempo cinco terroristas foram mortos e 19 reféns foram libertados com vida
Fonte de pesquisa: Internet , tropasearmas.com, BBC
Uma resposta
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