Um palito de fósforo geralmente queima só por um instante, não é mesmo? E como seria se pudesse-mos ver a a imágem capturada a 4.000 quadros por segundo?

Dizem que não são as respostas que mudam o mundo e sim as perguntas, então vamos lá.

Tem fósforo no palito de fósforo?

Até porque são denominados de “palitos de fósforo”certo?. Não esta tão correto assim meu amigo caramujo.

A dúvida de se o fósforo está no palito ou na caixinha é esclarecida a partir do momento em que estudamos detalhadamente os componentes das caixas de fósforo.

A superfície da caixa em que riscamos o palito possui característica áspera, semelhante a uma lixa, e é composta das seguintes substâncias: dextrina, fósforo vermelho, Sb2S3 (trissulfeto de antimônio). A ponta do palito, identificada pela cor vermelha, é composta por enxofre, um agente oxidante e cola.

O ato de atritar o palito contra a caixa é que dá início ao processo; ele funciona como um agente de ignição. O fósforo, quando aceso, faz com que o agente oxidante inicie a queima de enxofre. É ela que faz com que a madeira do palito queime.

A combustão da “cabeça” do fósforo passa para o palito porque parte do palito leva, antes de receber a “cabeça”, um banho de parafina, e portanto, a parafina entra em combustão e queima a madeira. Se o palito não queima, significa que o mesmo não tem parafina.

O curioso é que os palitos de fósforo produzidos antigamente podiam ser acesos bastando riscar o fósforo em qualquer superfície áspera. Mas, por medida de segurança, os palitos fabricados hoje só acendem se forem riscados contra a parte áspera da caixa.

Portanto, o elemento fósforo (P) não está presente dentro da caixinha (palitos) e sim do lado de fora.

Como surgiu o fósforo em palito?

O elemento básico para fabricar fósforos foi descoberto acidentalmente em 1669 pelo alquimista alemão Henning Brand. Ele descobriu o fósforo metalóide que não se encontra livre na natureza, quando o separou através de uma destilação da urina evaporada.

Em 1680 o cientista britânico Robert Boyle – um dos fundadores da química moderna – reparou que uma chama era formada quando o fósforo era esfregado no enxofre. Boyle acreditava que a chama não era causada pela fricção, mas sim por algo inerente ao fósforo e ao enxofre. Ele tinha razão. Encontrara o princípio que conduziria a invenção do fósforo. Coube ao farmacêutico inglês John Walker produzir, em 1827, palitos de fósforo que podem ser considerados, apesar de seu grande tamanho, o precursor de nossos fósforos. Palitos menores foram comercializados na Alemanha em 1832, mas ainda eram extremamente perigosos: costumavam incendiar sozinhos dentro da própria embalagem.

Foi nos Estados Unidos que Alonzo D. Phillips de Springfield obteve, em 1836, uma patente para “fabricar fósforos de fricção” e os chamou “locofocos”. Mas o perigo ainda era grande e só foi resolvido após a descoberta do fósforo vermelho, em 1845. Foi o sueco Carl Lundström que introduziu em 1855 fósforos seguros, também chamados fósforos de segurança. Além de ser fabricado com fósforo vermelho, para uma maior segurança, seus ingredientes inflamáveis foram colocados em dois locais distintos: na cabeça do palito e do lado de fora da caixa, junto com o material abrasivo.

Veja como funciona a queima do produto em câmera lenta.

Se você sabe mais sobre os componentes , o porque o enxofre presente na ponta do palito absorve a umidade do ar e dificulta o acendimento entre outras coisas, deixe nos comentários.

Como proteger esse material tão importante para a obtenção de fogo?

Se você conhece deixe nos comentários que a gente quer saber.