Em 29 de setembro de 1988, uma aeronave partiu do Aeroporto Internacional de Porto Velho, em Rondônia, com destino ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A e previsão era de quatro escalas nos aeroportos de Cuiabá, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte. Na fase final do voo, entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro, um dos passageiros anunciou o sequestro da aeronave e ordenou os pilotos para desviar a rota em direção a Brasília, com o objetivo de colidir a aeronave contra o Palácio do Planalto, sede do Gabinete do Presidente do Brasil, devido a um descontentamento do mesmo com ações políticas adotadas pelo presidente José Sarney.
O sequestrador, identificado como Raimundo Nonato Alves da Conceição e que portava um revólver calibre .32, matou o copiloto Salvador Evangelista com um tiro na nuca após este tentar contato com o controle de tráfego aéreo.
O acidente, que obteve repercussão nacional e internacional, teve sua causa principal atribuída à falta de segurança nos aeroportos brasileiros na época, que não contavam com máquinas de raios-x e detecção de metais. O sequestro é o mais notório ocorrido no Brasil, e se deu treze anos antes dos atentados de 11 de setembro, nos Estados Unidos.
O comandante Fernando Murilo foi condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico na época do acidente, mas nunca recebeu um agradecimento oficial da presidência pelos seus feitos.
Fonte: internet