Usar um coldre no colete tático tem gerado inúmeras discussões acerca da operacionalidade ou não dessa forma de carregar sua arma.

Alguns acham muito útil outros indispensável e há quem odeie também a utilização de um coldre no colete tático. Algumas escolas de treinamento, adotam a posição SUL e acreditam que a arma enquanto no coldre sejam colocadas nessa posição, pois ficam com o cano para baixo e que muitos incidentes de tiro acontecem no saque.

Outros utilizam o coldre no colete na posição de 45 graus ou até mesmo 90 graus como se pode ver em militares americanos. A forma de como usar vai depender de seu treinamento e disposição ao risco de utilizar de uma forma ou de outra. 

Seja qual for a forma que escolher, ela deve funcionar na hora do sal.

Posição da arma na vertical:

Eu particularmente gosto dessa posição devido ao coldre não ocupar muito espaço no colete e me permitir que utilize outros espaços para outros equipamentos como os carregadores, afinal só a arma não me adianta. O coldre também é regulável e desta forma me permite utilizar várias armas e a Spark ou taser se você tiver em sua unidade. Além disso claro, o cano virado para baixo fica mais confortável para o motorista quando sentado na VTR e olha para a direita e vê uma arma apontada para ele o tempo todo. 

Em uma situação de patrulha, claro que sua arma estará fora do coldre, dessa maneira a posição dela vai mudar e você terá esse controle de cano para não deixar seus companheiros em risco não é? Estamos falando aqui de quando ela esta no coldre MOLLE e a forma que pode ser utilizada.

Ter a capacidade de se moldar a várias armas e a Spark é fundamental para um coldre modular

Sabemos que muitas unidades possuem pistolas diferentes e nem todas ainda disponibilizam a arma em carga para o policial. Ter um coldre que possa comportar esses vários modelos de forma adequada é muito importante. Isso economiza tempo e dinheiro além de você já estar familiarizado com o equipamento.

Multi-Função

Quando desenvolvemos o Coldre Police MOLLE, pensamos na funcionalidade. A forma vertical de se colocar ele no colete ajuda não só nesse controle de cano como também na organização do espaço útil.

Ele foi sendo modificado ao longo dos anos e sempre para melhor. A manta plástica interna que o deixa rígido sempre esteve presente pois isso facilitava o uso com a lanterna dedicada acoplada a arma. Não enroscava no saque.

Tivemos até um elástico do lado de fora que era para se colocar uma outra lanterna de mão em caso de necessidade e que foi retirado no modelo atual. A última inovação foi utilizar todas as abas externas em velcro industrial e resistente que possui macho e fêmea na mesma peça, diminuindo volume e peso do produto. Colocamos nessa parte cortes a laser para que se você ainda queira colocar ali uma lanterna ou canivete, possa ter essa possibilidade.

O peso dos produtos sempre foi nossa maior preocupação na confecção. Para quem utiliza de vez em quando isso pode não fazer diferença, mas para quem utiliza 12 horas e as vezes 36 horas um colete e seus acessórios faz toda a diferença. Imagine isso então durante 25 anos de carreira o estrago que isso faz no seu corpo.

Em um estudo sobre o uso de equipamentos por policiais, foi constatado que o policial militar é submetido a condições fatigantes em seu turno de trabalho, que podem comprometer a qualidade de sua vida, saúde e bem-estar físico e psicológico. Apesar desses fatores, pouca atenção é dada aos riscos ocupacionais dessa profissão. 

Nós talvez por produzir nossos produtos com a finalidade de uso real, e ter utilizado esses produtos em serviço, sempre nos preocupamos com essa questão e por isso sempre utilizamos CORDURA 500D na produção de nossos equipamentos.

O Coldre Modular não é diferente. Ele é construído em CORDURA 500D e tem um recheio de manta plástica para que fique mais rígido. Essa manta adiciona peso ao produto mas não tanto quanto se fosse feito em cordura 1000 mais o plástico, pois somente o cordura 1000 não daria a estrutura necessária para receber a arma. 

Esse coldre pode ser utilizado na plataforma de perna ou em um cinto tático modular como o Fenrir que temos em 3 versões. Estamos falando de um único produto que pode ser utilizado de várias maneiras.

Ao abrir as partes de velcro, vc pode ajustar a arma que vai utilizar e se ela possui ou não uma lanterna dedicada. O ajuste pode ser feito também para você portar sua Spark e isso é bem bacana para as GCM que já utilizam esse produto além é claro das PM’s em todo o Brasil.

Porque então não usar ele em 45 graus ou até mesmo 90?

Acredito que isso até foi respondido. Sei que alguns gostam dessa posição porem, veja que ele ocupa boa parte do sistema molle e não permite usar outros equipamentos.

Se você usar na altura do peito, ficará ruim de sacar e terá de colocar em 90 graus. Nessa posição e sentado na VTR seu companheiro terá a arma voltada para si o tempo todo e isso não é lá muito confortável não é? Operacionalmente falando, pode ser bom o saque para o lado em uma transição de arma longa para curta, porem se seu coldre for de polímero, creio que vai enroscar alguma coisa da bandoleira ali. No stand de tiro tudo bem, mas na vida real isso pode ser fatal.

Se você utilizar ele mais pra baixo e em 45 graus como a maioria das configurações de coldres em coletes fixos, terá de escolher um lado do colete e colocar, pois se colocar no meio não terá mais espaço pra nada. Já na posição vertical sobra espaço dos dois lados para você colocar os acessórios que forem possíveis.

Penso que ao desenvolver esse equipamento, visualizamos o mais usual e prático, contudo sempre existira formas de fazer melhor e buscamos atualizações sempre que elas se fizerem presentes, sejam de comentários de usuários e até mesmo de nossa própria utilização.

Espero que ajude em sua escolha de um coldre modular para completar seus equipamentos.

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