A muito tempo precisamos responder o “porque” de não utilizarmos tecidos como os spacer 3D e similares na parte interna de nossos coletes Táticos.
Esperamos que esse artigo possa colocar um pouco mais de luz a esse tema e esclarecer as dúvidas bem como abrir espaço para quem sabe alguma pesquisa real sobre o tema.
Vamos começar entendendo como o corpo humano gera energia e como ele distribui essa anergia atravez de calor para o ambiente.
Lembre-se de que somos uma usina, uma máquina que transforma alimentos (nosso combustível) em energia para movimentar as engrenagens. Nesse processo surge o calor que tanto nos encomoda em missões.
O ser humano é um ser homeotérmico, isto é, possui a capacidade de manter a temperatura corporal dentro de certo intervalo predeterminado apesar das variações térmicas do meio ambiente (homeostasia térmica).
Os valores normais do corpo humano variam de acordo com o local da sua determinação e em conformidade com a fisiologia do indivíduo.
Pela manhã, um adulto normal apresenta temperatura axilar entre 36,5 a 37,3 ºC. A temperatura axilar é 0,3 a 0,5 ºC menor do que a retal e 0,15 a 0,25 ºC menor do que a bucal.
No corpo, a temperatura superficial e a profunda variam com a região (figura A) e a profundidade (figura B), que mostram esquematicamente as diversas isotermas.
O fenômeno que explica isso é a chamada “termoregulação”. Através dela o corpo se mantem em funcionamento. Ela promove esforços involuntarios para a manutenção dessa temperatura no corpo e envia sinais ao cérebro.
Esses sinais na mente expressam a satisfação ou não com o meio termico, ou seja, é o nosso conforto termico que sentimos.
Para melhorar o conforto termico de um indivíduo, é preciso então conhecer as condições inclusive de como o corpo desse indivíduo funciona.
Através de um estudo sobre dissipação térmica é possivel quantificar os fenômenos de transferencia de calor envolvidos, e até mesmo o estado emocional em relação ao conforto térmico.
Isso tem a ver com coletes táticos e calor gerado em missoes reais?
Como você acredita que o corpo de um profissional de segurança pública esta funcinando na eminência ou durante um combate?
Contudo, Brager e Dear (1998) elucidaram através de uma revisão sistemática as evidências científicas que embasaram a teoria adaptativa do conforto, que vem a complementar a teoria do balanço térmico de Fanger e trazer novas luzes ao conhecimento da interação entre o homem e o ambiente.
Ou seja, o conforto humano e a troca de temperatura é assunto importante e discutido por cinetistas já a muito tempo, então não, o seu desconforto em relação ao calor e o uso de coletes táticos não é deixado de lado.
Claro que esses cinteistas não estavam pesquisando os militares em esspecifico mas creio que o estudo serve para esses profissionais tambem.
Fazemos isso de duas formas: Convecção e radiação, seja através da pele ou pela respiração.
A figura ao aldo passa uma ideia sobre como essa interação acontece e como o corpo faz esse processo.
O corpo faz a parte dele mas a condição mental que você se encontra define a sua satisfação sentida no ambiente em que você se encontra.
Todo fluxo de calor entrando e saindo do seu corpo implica numa mudança da temperatura sentida e dessa forma uma intervenção do corpo para que não se tenha exessos de ambos os lados.
No caso do armazenamento de enrgia excessiva, gera-se um sobreaquecimento que chamamos de hipertermia e a perdade dessa energia, chamamos de hipotermia.
Se as temperaturas do corpo sofrerem alterações muito elevadas, a integridade física ou psicológica pode ser afetada.
Temperaturas por exemplo acima de 45° e abaixo de 18º nos dão a sensação de dor.
A temperatura da pele oscila em torno da atividade física exercida pelo indivíduo e a necessidade de perda de calor.
Essa dissipação então é função da diferença de temperatura entre a pele e o interior do corpo humano. Quanto maior a diferença de temperatura, ocorre maior dissipação de calor conforme a teoria da condução.
O órgão humano que controla a termoregulação é o hipotálamo, que esta localizado no cérebro. O seu funcionamento se dá em função de sensores de temperatura quentes ou frios, e a temperatura é abalida por meio do sangue arterial, que passa sob este orgão. Os sinais de temperatura são recebido tambem da pele e de outros locais especificos do corpo, como a espinha dorsal.
Entre os processo controlados pelo hipotálamo, o mais importante é o fluxo sanguineo na superficie, que varia até 15 vezes para manter o equilibrio térmico. Par ao fluxo sanguineo amplificado, tem-se uma vasodilatação, ao conrario do reduzido, onde ocorre a vasoconstrição.
Essa ultima, pode ser auxiliada pelo aumento da tensão muscular, para aumentar a produção de calor no corpo.
Quando a vasodilatação não é suficiente, o suor auxilia nesse processo, dissipando calor latente através da evaporação.
Mas como evaporar se você esta usando um colete tático e placas balsiticas com 20 a 30 camadas de tecido e mais equipamentos?
Seu corpo que lute não é mesmo?
O corpo não se improta se você esta com um cobertor por cima de você e vai tentar sempre te manter funcionando.
O colete tático juntamente com a placa balistica formam uma camada que dificulta a evaporação do calor do seu corpo para o meio externo, já que a pele é a grande responsável por essa troca com o ambiente.
Os tecido utilizados em seu uniforme, não fazem a transferencia de calor por indução, dessa forma o calor gerado pelo corpo que deveria ser trocado com o ambiente por radiação ou convecção não acontece de forma satisfatória.
Logo a culpa não é de seu colete tatico tão somente mas de todo o conjunto que você utiliza começando por seu uniforme.
Como o tecido Spacer 3D foi desenvolvido para ser utilizado em Tênis, muitas pessoas acreditam que ele funciona tambem par auso interno em coletes.
Nos tênis a parte furada fica para fora em contato com o ambiente e buscar eliminar o suor atraves da evaporação ao colocar em contato o suor absorvido com o ar proveniente das passadas que se movmetnam nos alvéolos.
Já no colete, esses orificios do spacer 3d são utilzados em contato com o corpo fazendo jsutamente a função contraria. Além do mais, não há contato com o ar do ambiente pois existe a placa balsitica que funciona como barreira.
O Suor deposita nessa região do spacer 3d, também os sais do corpo e são locais muito apreciados pelas bacterias que promovem o odor.
Os sais são corrosivos e podem com o tempo deterirorar o tecido vindo a corromper o involucor da capa e solidificar as placas balisticas perdendo assim a sua eficácia.
Porque simplesmente o spacer 3d não funciona como o informado por muitos.
Existe sim uma sensação de que você esta frio e isso se dá pelo seu suor depositado no tecido e não porque o material ajuda na termoregulação.
Ah! mas seu me sinto assim então está funcionando.
Não pequeno gafanhoto, não esta funcionando e como foi dito acima, seu cérebro recebe informação da pele para te dar essa sensação.
O que você esta é perdendo mais agua que deveria e dessa forma sua capacidade de operar será diminuida ou precisará de mais reposição de água e eletrólitos.
Durante a transpiração, perdemos eletrólitos muito importantes, como o sódio e o potássio.
Acontece que os profissionais de segurança publica quando em situação de combate, transpiram muito mais comparativamente a quem não não esta.
Quando o corpo aquece, dá a indicação às glândulas sudoríparas – que produzem suor – para entrarem em ação. O objetivo das gotas de suor é dissipar o calor e resfriar a pele.
Veja um estudo numa prova de competição de Duatlo – 6km corrida, 26km bicicleta e mais 4km corrida, – com muito calor. Foi feita uma avaliação das perdas de eletrólitos em 12 atletas, antes e depois da prova.
Resultado: os atletas não repuseram os eletrólitos de forma suficiente. Aqueles com maior taxa de transpiração foram os que apresentaram maiores perdas de minerais, como sódio, potássio e cloreto. É por isso que o nosso suor tem um sabor salgado: devido à quantidade de eletrólitos que se perde na transpiração.
Os sintomas vão depender dos eletrólitos que se encontram em desequilíbrio no corpo.
Uma cãibra, por exemplo, pode ser falta de magnésio.
Estas são, em regra geral, um sinal de que é preciso repor eletrólitos. Além das cãibras musculares podem ser sinais de alerta:
batimento cardíaco irregular;
alterações na pressão arterial;
fraqueza muscular;
fadiga.
Uma característica curiosa do Spacer 3D é que a sua estrutura tridimensional permite também manter o calor pelo que, este tecido, pode ser utilizado para confeção de roupas e acessórios de inverno, como luvas e gorros.
Ou seja, esse tecido mantem seu calor e não o dissipa como costuma dizer por ai.
Devido ao seu suor depositado no tecido juntamente com os sais, você tem uma sensação de que esta fresco porém o efeito estufa criado vai fazer com que seu corpo jogue mais agua para fora e assim o processo se repete.
Embora diversas investigações tenham sido realizadas para explorar as aplicações de tecidos espaçadores de malha de trama, estudos sistemáticos sobre as características desses tecidos como spacer 3d, especialmente conforto térmico e propriedades de gerenciamento de umidade, ainda são muito limitados
A permeabilidade ao vapor de água é uma das principais propriedades que
afetam o conforto do vestuário, pois representa a capacidade de transferir
a transpiração .
O corpo humano se resfria pela produção e evaporação
do suor durante períodos de alta atividade. As roupas devem ser capazes
de remover essa umidade para manter o conforto .
Para permitir a evaporação da água, a camada externa deve ter alta permeabilidade ao vapor de água e baixa resistência ao vapor.
É isso que acontece em um colete tático? Seu tecido de aramida em 20 camadas possui essa característica?
A permeabilidade do tecido ao vapor de água depende de uma série de fatores, incluindo a espessura e a densidade dos tecidos, o comportamento de umedecimento e absorção dos
fios e a umidade relativa e a temperatura da atmosfera .
Ou seja, sua placa baslitica não pode umedecer sob pena de se compactar. O fio do tecido spacer 3D teria de ser Coolmax e mesmo asism ficaria prejudicada a absorção e a transferencia de calor pois a camada é muito fina e o efeito seria contrario. Efeito Estufa.
Três mecanismos podem ser considerados
para a transferência de vapor de água através do tecido: um é através dos poros do tecido; a segunda é através da absorção pelo tecido e depois da evaporação das superfícies do tecido e a terceira é a transferência do vapor (líquido) através das fibras que constituem o tecido.
O valor de isolamento de um tecido é medido pela sua resistência térmica, que é o inverso da condutividade térmica e é definido como
a razão entre a diferença de temperatura entre as duas faces do tecido e a taxa de fluxo de calor por unidade de área normal às faces .
O ar aprisionado é o fator mais significativo na determinação do isolamento térmico.
Geralmente, devido à baixa transmitância térmica do ar, mais ar ainda na estrutura têxtil pode melhorar o valor da resistência térmica do têxtil e manter o corpo aquecido.
No entanto, as características das fibras, fios, tecidos e peças de vestuário também têm uma grande contribuição para o conforto térmico.
A análise estatística ilustrou que os valores de resistência térmica dos tecidos analizados são significativamente afetados pelo tipo de material de superfície, diâmetro do fio monofilamento e ângulo de inclinação do fio monofilamento.
Ou seja, não é só colocar um tecido 3d interno que você terá toda essa absorção de água e resfriamento. Existe toda uma gama de propriedades que devem ser levadas em consideração para que isso comece a ser verdade.
Além disso, todos os estudos foram feitos em tecidos que são utilizados junto ao corpo sem uma camada externa de outros materiais, como os coletes táticos.
O processo de transporte de umidade líquida através da roupa sob condições transitórias de umidade é um fator importante que influencia o conforto do usuário no uso prático.
O gerenciamento de umidade do tecido afasta a umidade da pele, dispersa-a em uma grande área superficial longe da pele, onde evapora, reduzindo a umidade na pele e melhorando o conforto.
A propriedade de transporte de umidade dos tecidos pode ser determinada pelos índices, incluindo tempo de umedecimento superior e inferior em segundo, taxa de absorção superior e inferior em%/s, raio máximo de molhamento superior e inferior em mm, velocidade de espalhamento superior e inferior em mm/s e capacidade geral de gerenciamento de umidade (OMMC).
Caso o seu fardamento não tenha essas propriedades de adsorção e transporte do suor, de nada irá adiantar você possuir um colete com tecido tecnológico.
Estamos falando ainda em tecidos spacer 3D feitos com filamentos que realmente fazem essa função de ajudar nessa função de dicipação de calor, o que nem se compara com os tecidos comuns dos quais são feitos os coletes em geral.
Se você deseja realmente buscar uma solução para a diminuição do calor ao utilizar coletes táticos, deve buscar informações sobre o assunto.
Existem estudos serios com relação ao spacer 3d e sua capacidade de absorção de agua, e dissipação de calor do corpo mas até agora nenhum sobre o uso com coletes táticos.
A maioria dos estudos são feitos com tecidos com fios especiais e em atletas que tem como ultima camada no corpo o spacer sem nenhuma outra camada externa de tecidos ou camadas como é a situação de coeltes táticos.
Nesses estudos, a qualidade do fio interfere substancialmente na capacidade do tecido de fazer essa troca termica com eficiencia, imagine então o tecido por baixo de toda a estrutura balística e acessórios.
1- Necessita que todo o conjunto funcione, ou seja, fardar e demais camadas.
2 -Os sais dos corpo podem vir a degradar o tecido e compartar a placa balistica e essa por sua vez perder o efeito e você estará desprotegido.
3- Depende do tipo de fio na confecção do proprio spacer.
Creio que diante do exposto você possa tirar suas próprias conclusoes sobre uso desse material em coletes táticos.
Nosso dever moral é te informar mas esta na sua decisão usar ou não.
Uma resposta
Excelentee!