As armas Não Letais ou Menos Letais Utilizadas Pelas Policias.

Arma não-letal é aquela que se vale de outros efeitos, que não a destruição física, para neutralizar um alvo.

Essa é uma visão digamos assim, humanitária evidenciada no congresso das Nações Unidas sobre prevenção e tratamento de delinquentes, que recomendou  a progressiva adoção de armas não letais nas ações de segurança pública.

Essa questão de não letal ou menos que letal sempre permite discussão pois alguns acreditam que mesmo essas podem matar, e que o conceito de não letal estaria errado.

Não vamos entrar no mérito da questão e trataremos aqui como não letal.

A ideia aqui, é fazer você conhecer os tipos empregados no Brasil. 

Vamos lá?

 

A bala de borracha e suas variações.

A primeira e mais conhecida não é uma arma e sim uma munição não letal. A famosa e famigerada “Bala de borracha”. Geralmente são mais utilizadas em espingardas calibre 12, porem pode ser utilizadas nos calibres  37/38, 38.1 ou 40 mm AM-404/12E.

Consiste em um projétil de látex ao invés de chumbo ou outro tipo de ponta. 

O nome técnico desse tipo de munição é “munição de elastômero” e pode apresentar-se em vários formatos e tipos. 

A vantagem desse material é que ele não perfura a pele na maioria dos casos e desde que observado a forma de disparo.

 Esse tipo de munição pode causar ferimentos graves se atingir o rosto ou até mesmo ser fatal em pontos como a garganta. Então não é porque a policia esta utilizando esse tipo de munição que o agente vai continuar investindo contra, pois pode sim ser fatal.

Foi projetado para ser utilizado no controle de graves distúrbios e combate à criminalidade com a finalidade de deter ou dispersar infratores da lei, em alternativa ao uso de munições convencionais.

As munições de impacto controlado possuem alto poder de intimidação psicológica, provocam hematomas e fortes dores.

Geralmente esse tipo de munição são acondicionados de forma mais adequada em porta carregadores como o TERMINATOR 1 e TERMINATOR 2,  quando no calibre 12mm, pois o policial pode separar as munições letais e menos letais em compartimentos separados, de forma a evitar possíveis erros irreversíveis na hora do combate. 

Podem ser encontradas nas seguintes variações de fabricação nacional.

  1. AM 403/PSR – Projetil de Borracha – PRECISION (SHORT RANGE)
  2. AM 403/P – Projetil de Borracha – PRECISION
  3. AM 403 – Projetil de Borracha – MONOIMPACT
  4. AM 403/A – 3 Projetis de Borracha – TRIMPACT
  5. AM 403/M – 12 Projetis de Borracha – MULTIMPACT
  6. AM 404 – 3 Projetis de Borracha – TRIMPACT SUPER
  7. AM 404/12E – 12 Projetis de Borracha – MULTIMPACT SUPER
  8. AM 470 – Projetil de Impacto Expansível – SOFTPUNCH
  9. AM 405 – Cartucho de Lançamento
  10. AM 405/A – Cartucho de Lançamento

Para os calibres acima de 12 mm, o policial pode utilizar uma bolsa como a M600 para acondicionar essas granadas com melhor aproveitamento. 

A aba dessa bolsa pode ser presa para cima deixando a mostra todo o seu interior e facilitando assim o manuseio rápido dessas munições.

Armas Não Letais

Segundo a OTAN, Armas não letais são armas especificamente projetadas e empregadas para incapacitar temporariamente pessoal ou material, ao mesmo tempo em que minimizam mortes e ferimentos permanentes, danos indesejáveis à propriedade e comprometimento do meio-ambiente.

As armas não letais conferem aos agentes da lei capacidade para empregar a força de forma gradual, reduzindo-se as situações nas quais o uso da arma de fogo seja necessário.

Portando apenas arma de fogo, o policial se vê diante de duas alternativas: ou não faz nada e pode perder sua própria vida ou a de terceiros, ou usa a arma letal e faz o óbvio.

Porém em muitos casos, não haveria a necessidade de perdas humanas de forma que portar uma arma não letal possa ser uma alternativa a conflitos sociais que não demandam o emprego dessa letalidade.

É obvio que se fala aqui dos casos de perturbados mentais e crimes onde a vida de terceiros não esteja sendo ameaçada por um criminoso com uma arma letal. Não faz sentido o policial combater uma agente armado de fuzil com bala de borracha por exemplo, mas em protestos se faz necessário e como pudemos ver nos protestos no brasil, muito útil e funcional.

É necessário e fundamental que o policial esteja bem armado com alternativas para fazer seu trabalho salvaguardando sua integridade física e psicológica. Ninguém que entra em combate e tira uma vida, leva isso de forma normal. Isso causa problemas muitas vezes que levam anos para serem contornados.

Em pesquisa divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em 2015, apurou que 15,6% dos agentes da lei no Brasil já tiveram algum tipo de distúrbio psicológico detectado por conta do trabalho. Considerando que o país tem um efetivo oficial de 700 mil agentes da lei, aproximadamente, o número aumenta: são 109 mil afetados, entre policiais civis, militares, rodoviários, federais, bombeiros e guardas municipais.

Os números foram apresentados por Samira Bueno, do FBSP, Rafael Alcadipani, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e Roberta Novis, também da FGV. Dos 10.323 agentes ouvidos pela pesquisa, 44,5% trabalham nas Polícias Militares, 51,8% são pretos e pardos e 85,1%, homens. 

Por mais uso de armas não letais.

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