Dúvidas Sobre o Uso de Torniquete Tatico

O uso do torniquete é prejudicial pois causa lesão e perda de membros?

Não.

É importante frisar que em uma época em que o tempo resposta de atendimento aos traumas de extremidade e o tempo para evacuação de soldados feridos eram prolongados, em eventos mais recentes (guerras do Iraque e Afeganistão) o número de lesões e amputações pelo uso de torniquetes caiu muito devido ao acesso de todos os membros das forças armadas dos EUA a torniquetes táticos e treinamento de como utilizá-los e às remoções rápidas por helicóptero de militares feridos.

Os dados evidenciam um número muito baixo de complicações (2% de todas as complicações dos pacientes traumatizados que usaram torniquete) e muitas vezes não se pode determinar se essas complicações foram causadas pelo torniquete ou pelo trauma inicial.   Pode-se utilizar um torniquete por até duas horas sem medo de complicações.   

Um bom torniquete pode ser improvisado com quase qualquer material?

Não.

Apesar de amplamente difundida, essa informação não é verdadeira. Torniquetes improvisados tendem a criar o chamado torniquete venoso, causando a falsa impressão de que a hemorragia foi contida e podendo resultar em um sangramento paradoxal que leva a sangramentos maiores do que se não fosse aplicado nenhum torniquete.   

O uso de torniquetes não é tão difundido por que o treinamento é difícil?

Não.

Com tantas informações erradas disponíveis sobre o assunto, poderíamos até pensar que sim. Porém, alguns estudos mostram que mesmo treinamentos mínimos (menos de um minuto de duração) fazem com que as pessoas treinadas sejam eficientes em aplicar corretamente um torniquete.   

Como deve ser um torniquete para que seja eficaz?

O uso de torniquetes improvisados é fortemente desaconselhado.

Um bom torniquete (assim são feitos os produtos fabricados para este fim) tem pelo menos 4 cm de largura e cerca de 95 cm quando totalmente aberto (esse comprimento serve para garantir que o torniquete dê pelo menos mais do que uma volta completa no membro), garantindo sua correta fixação.

Fonte: pebmed

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *